Harold Perrineau "Michael" desabafa dizendo desapontamento com o destino de seu personagem

Harold Pirrineau deu uma entrevísta ao Tv Guide, onde nela desabafa falando do seu grande desapontamento com o destino de seu personagem na trama. Harold, que ja tinha saído da série ao final da segunda temporada, diz que há um grande preconceito por parte dos produtores e diz que não aceitará mais papel nenhum vindo da série Lost sem antes ler e saber o futuro que lhes darão (ele já tinha ficado irritado com a saída de seu personagem na segunda temporada da trama).

É isso aí, basicamente a entrevísta do Harold foi para desabafar, o que é compreensível, apesar dele ter exagerado um pouco na minha opinião, pois depois de ter vivido com esse personagem e passado por tudo que o "Michael" passou, morrer sem ao menos se desculpar com o filho deve ser um resultado frustrante, principalmente para o ator.

Aí em baixo você confere a entrevísta:

Você sabia o que ia acontecer com o Michael quando voltou à série?
Harold Perrineau: Não fazia idéia. Fica a sensação de 'O quê? Foi para isso que eu voltei?'

Você está rindo enquanto diz isso, mas não parece feliz com a situação.
Estou desapontado, principalmente porque gostaria de um final feliz para Michael e Walt. Esperava que Michael pudesse voltar para casa e criar o filho.

Quando você ficou sabendo da morte do personagem?
Damon Lindelof e Carlton Cuse me ligaram antes que os roteiros do fim da temporada fossem distribuídos e disseram que o personagem não iria continuar na série.

E o que você disse a eles?
Disse apenas 'Ah, tudo bem' [Risos]. A série é deles, eles podem escrever o que quiser. Fiquei desapontado e achei uma perda de tempo voltar só para apanhar algumas vezes e depois morrer. Acho que ele morreu para agradar aos fãs que queriam ver Michael punido porque traiu outros personagens.

Você está falando de quando ele matou Ana Lucia e Libby no fim da segunda temporada?
Isso. Sinceramente, eu acho que a morte do Michael serviu para saciar uma estranha sede de sangue por parte dos fãs.

Você ficou desapontado porque Michael e Walt não se reuniram antes da morte do personagem?
Estou sendo realmente franco aqui. Existem essas perguntas sobre como os personagens negros são tratados na série. Sayid consegue reencontrar a Nadia, Desmond e Penny também retomam o romance, mas um garoto negro se reconciliando com o pai não é interessante? Em vez disso, Walt virou mais uma criança sem pai.

Isso faz parte de um estereótipo muito grande e esquisito e, sendo negro, posso dizer que não é nem um pouco interessante. [A essa declaração o produtor Carlton Cuse respondeu: "Nós nos orgulhamos de ter um elenco racialmente diversificado. É doloroso quando a história de um ator termina na série. Harold é um ator fantástico cuja presença acrescentou muito a 'Lost'"]

Mas você também teve experiências positivas na série.
Gravar no Havaí foi muito bacana, assim como trabalhar com J.J. Abrams [co-criador de 'Lost']. Quando descobrimos que a série estreou muito bem em 2004 foi fantástico. A primeira temporada foi uma das minhas melhores épocas como ator. Houve momentos difíceis, mas amei essa época. E também adorei o fato de de ter contracenado bastante com um dos meus melhores amigos, o Daniel [Dae Kim, intérprete do Jin] no episódio final da quarta temporada.

Personagens mortos podem voltar à série. Você estaria aberto a essa possibilidade?
Adoraria voltar e trabalhar com as pessoas de quem eu gosto, mas teria que saber os detalhes da história antes de aceitar o convite. Porque essa última trama do meu personagem não foi boa.

Algo mais que você gostaria de dizer?
Espero que a série continue a agradar às pessoas. Sinto muito em ter que partir, mas vejo vocês em outra encarnação. Vou me recriar porque é isso que eu faço. Essa é a parte boa de sair de um trabalho.

E aí pessoal? Concordam com o Harold? Bom, na minha opinião em alguns pontos o ator tem plena razão de estar chateado com os produtores, embora que movido pelo desapontamento e raiva ele tenha dito certas coisas da qual discordo completamente, porém, algo compreensível pela atual circunstância em que ele passa.